O aumento salarial por vezes está condicionado pela carga fiscal em Portugal comprovando esta situação estão por vezes os baixos salários em Portugal comparativamente a outros paises da Europa. O valor que as empresas pagam aos colaboradores e o que efectivamente muito diferente do que estes recebem. Uma grande “fatia” fica para o Estado, aqui verifique os calculos:
Para um trabalhador receber 777 euros líquidos mensais, sem o subsídio de alimentação, o que equivale a um ordenado bruto de 1.000 euros, a empresa tem de pagar 1.238 euros mensais.
No caso de o salário ser de 2.000 euros brutos, para o trabalhador receber 1.343 euros o empregador tem de pagar 2.475 euros. Já se o aumento salarial for de 3.000 euros mensais, o colaborador recebe 1.860 euros e a empresa tem de pagar 3.712 euros.
Salário bruto | Valor que o trabalhador recebe | Valor que a empresa paga | Valor que o Estado recebe |
1.000€ | 777€ | 1.238€ | 461€ |
2.000€ | 1.343€ | 2.475€ | 1.132€ |
3.000€ | 1.860€ | 3.712€ | 1.852€ |
O conceito para a diferença do valor que uma empresa paga e o que o trabalhador recebe é grande. Por exemplo, uma pessoa ganhar 1.000 euros líquidos e a empresa tiver o intuito de fazer um aumento salarial para 1.500 euros líquidos, o custo adicional é de 1.147 euros mensais. Nesta hipótese, o trabalhador recebe um aumento salarial de 500 euros, enquanto o Estado ganha 647 euros.
Por vezes, no pais vizinho em Espanha, o salário líquido mensal é de 1.512 euros enquanto em Portugal é de 1.059. Quanto a França ou Alemanha é superior a 2.000 euros e, no Reino Unido, está acima de 2.800. Já na Suíça, que está no topo da lista, é mais de 5.300 euros líquidos.
Novo aumento salarial 2023
Perante as desigualdades, o Governo poderá considerar descer impostos para empresas que contratem jovens, tendo sido apresentada uma proposta de salários para, pelo menos, 1.330 euros brutos para pessoas até 25 anos que estejam desempregadas.
Caso a proposta avance em 2023 os trabalhadores que preencham estes requisitos vão receber um aumento salarial de 150 euros mensal, parte de um subsídio do Estado, e as empresas só vão pagar metade da Taxa Social Única (TSU) durante um ano. Com esta iniciativa, o Governo espera chegar a vinte cinco mil jovens ainda este ano.
Nos últimos anos são muitos os jovens que optaram por sair de Portugal por se encontrarem sem solução para as suas necessidades, não só relativamente aos baixos salários como também ao problema da habitação. O país fica assim a perder factores como talento, inovação e mão de obra qualificada.